la petite princesse

A dona do pedaço. INTJ. Viajadeira. Uspturista Mais velha do que aparento.

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Quero deixar registrado aqui algumas das experiências mais incríveis que eu já vivi.

Happy holidays! (Dezembro de 2015)

Monday, November 15, 2021 at 10:30:00 AM

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Quando eu trabalhava no mundo corporativo, a época mais esperada do ano, fora as férias, era a época das “festas”. Dentre todas as obrigações sociais de estar trabalhando, a confraternização de final de ano era a menos pior delas. Era aquele evento que a empresa pagava pra gente se divertir o mínimo.

Aqui a coisa é um pouco diferente. O camp hill é uma “empresa” sem fins lucrativos, então não sobra muito dinheiro pra fazer mais do que pagar o salário de todo mundo em dia. Tanto é que vi gente reclamando que a gente não recebe nem um cartãozinho de boas festas no fim de ano…

Mas a gente se vira como pode, né? Ainda mais sendo voluntário. Claro que para os alunos sempre tem um evento de celebração e a gente se inflitra, haha!

Na terça, tivemos a última grande saída da casa. TODOS OS ALUNOS foram para o pub para um jantar especial. Então todo mundo que podia foi ajudar. Porque não é só simplesmente conseguir leval todo mundo, tem aluno que ao sair da casa precisa de suporte de 2 pessoas (ao invés de somente 1), além de que alguns alunos preferem um ou outro support worker. E com muito sucesso conseguimos colocar todos eles em algum veículo e ir pro pub. E todo mundo se comportou muito bem! O J. foi o único que não conseguiu comer dentro do pub, mas o pub tinha uma porta lateral, colocamos a mesa na saída e ele sentou e comeu do lado de fora. Foi um sucesso, porque as vezes ele nem entra no carro! Até eu sai pra tentar trazer ele o mais perto possível da porta. E terça era minha folga! Pra amenizar o fato de eu estar lá trabalhando, me deram o SW pra cuidar, foi bem sussa, ele se comportou super bem, ficou feliz com seu lanche. Até o A. pôde sair da dieta! E ai eu descobri que ele sabe ler (não são todos que sabem) porque ele achou no cardápio a sobremesa que ele podia comer!

Ai na quinta tivemos o grande almoço de natal para todos os alunos (inclusive aqueles que só passam o dia na escola). O plano era montar as mesas no teatro, mas na última hora cancelaram e fomos obrigados a nos espremer na cozinha (normalmente separamos os alunos entre a cozinha, a sala da jantar e uma segunda sala menor). Foi uma operação de guerra, tenho que dizer. Porque muitos alunos gostam de fazer o seu próprio barulho mas não gostam do barulho alheio, então juntar todo mundo é uma missão meio suicida. Mas no fim deu tudo certo. O almoço ficou pronto na hora certa, todo mundo comeu muito bem, teve sobremesa, crackers, muita risada e conversa. E no fim, de “presente”, ninguém teve que ajudar com nenhuma tarefa da casa. Fiquei com o C., que estava num humor excelente, super sorridente, super bonzinho, então foi um almoço muito bom!


Depois tivemos nossa house meeting, sem nada de ruim pra falar, falamos das coisas boas desse ano e depois tivemos o Secret Santa, que aqui funciona ao contrário de no Brasil. Você coloca o nome da pessoa a ser presenteada no presente e a pessoa tem que adivinhar quem que deu o presente. Eu não sei quem me tirou, mas fiquei bem feliz com meu presente: um vinho com um kit de loção. E nós voluntários ainda ganhamos um presente da casa. Eu ganhei o novo cd do Justin Bieber, Purpose (que eu tô meio amando há uns dias já) e o outro voluntário ganhou o X, do Ed Sheeran. A reunião foi curta, então ainda tivemos tempo de conversar e comer muito chocolate! Presente dos pais e de outras pessoas <3

E pra coroar a estação, decidimos de última hora pegar um ônibus para Amsterdã (via ferry, claro)! Vou perder a última confratis da casa, no bar, mas por uma boa causa. Não sei onde passo a virada do ano ainda, mas pelo menos vou fazer alguma coisa diferente e conhecer um novo lugar!

HAPPY HOLIDAYS, EVERYONE! A gente se vê depois do natal 

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that would be me. bye!

A balada da igreja

Monday, November 8, 2021 at 10:30:00 AM

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 Não, você não leu errado: a gente foi numa balada que era dentro de uma antiga igreja!

Esses dias finalmente conseguimos ir na tal da “balada da igreja”. Não é nenhuma festa evangélica dessas que saem de vez em quando na mídia tradicional. É uma igreja que foi convertida em balada lá em Bournemouth.


Na tal balada da igreja eles tem uma lista de convidados online e um prazo pra ganhar desconto na entrada nas segundas. A gente já tinha tentado ir antes e perdemos o limite por 1 ou 2 minutos. É sempre um prazo meio apertado pra gente que mora em outra cidade (aqui na Inglaterra, claro). Dessa vez aconteceu o mesmo e nosso motorista muito louco fez milagre e chegamos 5 minutos antes do prazo… Pra descobrir que eles resolveram fechar a lista antes por causa da alta procura… Pensa em 7 pessoas bem putas. Mas com vontade de entrar naquela porcaria de balada. Respiramos fundo e entramos na fila dos sem desconto e pagamos 5 Libras só pra sorrir…

Essa balada, diferente das outras que a gente vai com mais frequência, é “hetero”. Já começa que tem essa fila. E as pessoas na fila se vestem bem diferente. É bem balada no Brasil: caras de todos os tipos (camiseta, polo, camisa, tudo junto e misturado) e meninas de roupas curtas, coladas e salto. No frio. E não fosse só isso, apesar de ser segunda-feira, tinha muita gente com cara de muito nova na fila. Do tipo que acabou de fazer 18 anos.

A coisa legal que eu achei é que na porta, ao checar os documentos, eles passam numa máquina que confirma sua idade. E é de QUALQUER documento. Porque eu ando com minha CNH (não rola arriscar “perder” o passaporte) e pra minha surpresa, a máquina leu certinho!

Antes da meia noite a balada já tava bem cheia. É uma balada média, bem decorada e com os malditos espaços vips. Ou seja, eles entocham o lugar de gente e deixam a area vip bem exposta e confortavelmente vazia…

A música era bem boa, uma mistura de top 40 com eletrônica/dance e até lá pela 1am, o espaço estava cheio, mas não lotado e ainda dava pra dançar ok.

Pessoas na balada são pessoas na balada no mundo todo. Algumas poucas coisas mudam, mas no geral, balada hetero é tudo igual. E eu estou velha.

Por uns momentos eu lembrei de como eu gostava muito desse tipo de coisa. Fui muito pra balada na faculdade. Não era do tipo que ia durante a semana, mas sempre saia com o pessoal. E apesar de ir em muita balada alternativa, eu gostava muito dessas baladinhas heteronormativas. Gostava mesmo. E olha que se eu tivesse que pagar minha bebida, na época da faculdade, eu acabava nem bebendo. Ou seja, eu curtia mesmo.

Mas veja bem. Verbos no passado. Logo aquilo foi cansando e eu percebi que essa ferveção, desse tipo, ficou no passado. Eu ainda gosto muito de sair pra dançar, e a bem da verdade a idade das pessoas não me importa tanto quanto a (falta de) maturidade do público.

Eu já fiz muita merda quando era mais nova, claro, e acho que a gente faz umas coisas pra aprender e superar. Veja bem, não é uma crítica ao público alvo. Eu já fiz parte dele, eu sei como é. E agora não sou mais e me vejo me distanciando disso mesmo que inconscientemente.

Depois de uma noite de ferveção. claro que a gente chegou a conclusão de que é melhor sentar num lugar calmo e ter a oportunidade de interagir de verdade uns com os outros. Mas a gente é humano, e claro que existem elementos que nos atraem na balada. Só talvez não nessa balada.

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that would be me. bye!

Ser ou não ser

Monday, November 1, 2021 at 10:30:00 AM

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Eu sabia desde antes de eu chegar aqui que os europeus em geral tem uma relação diferente com as origens das pessoas. Mais do que nascer em um lugar, você carrega a cultura do lugar onde seus genes se originaram. É assim que eles te classificam: se você tem ancestrais chineses, não importa onde você tenha nascido, você é acima de tudo, chinês. Talvez essa coisa cultural realmente se mantenha na Europa. Mas a gente sabe que no novo mundo, nas Américas, a coisa é diferente. Nossos ancestrais chegaram no novo mundo, alguns até achavam que não seria por muito tempo, mas foram englobados pela nova casa e os descendentes se fizeram americanos.

Então sempre que alguém me pergunta da onde eu sou, respondo que sou sim brasileira. E quando fazem uma cara de espanto já falo logo que sou nascida e criada no Brasil e não poderia ser outra coisa. Claro que me perguntam dos meus ancestrais, e ai explico que meus avós são imigrantes, mas que fizeram a vida e criaram as demais gerações misturados nas duas culturas. Mas que me sinto brasileira como qualquer outra pessoa nascida e criada no país. E falo: brasileiro não tem cara, a gente parece com o mundo inteiro.

Eu não acredito que alguém crescido se aculture a ponto de se transformar em outra nacionalidade. Você pode adotar hábitos diferentes, mudar como vê o mundo, mas lá no fundo, você é aquela cultura que te fez.

Claro que a gente se desliga um pouco do que acontece “lá em casa”, mas aquilo que verdadeiramente nos é caro, sempre vai chamar nossa atenção.

Eu nunca vim pra cá com a intenção de ficar ilegal ou arranjar um casamento/passaporte; inclusive tenho passagem de volta comprada já e com certeza, pelo menos por algum tempo, eu sei que vou voltar pro Brasil. Mas é um pouco desesperador acompanhar as notícias políticas do meu país. Eu tenho muita esperança de que as coisas vão melhorar, mas as vezes eu perco toda a fé na humanidade quando vejo a maneira como aqueles que tentam fazer a diferença de verdade são tratados. É tão triste ver que o dinheiro fala mais alto em todas as instâncias e que o povo é prejudicado por grandes corporações. Mas ao mesmo tempo, é bom ver que essa geração que sucederá a minha parece que realmente quer mudar isso tudo, que quer fazer um mundo melhor de verdade e põe a mão na massa pra isso.

Todo lugar tem seus prós e contras e não achem que estar num “país de primeiro mundo” te livra de problemas. Os problemas são diferentes, o ser humano é um ser muito estranho, mas não existe nada como o calor do seu lar. O lar é onde está seu coração, acredite, e enquanto ele pulsar, é pra lá que a gente volta sim.

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that would be me. bye!

Feedback

Monday, October 25, 2021 at 10:30:00 AM

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Quando a gente vive uma experiência diferente, tudo é intenso, até a passagem do tempo. Neem parece que já fez 3 meses que estamos aqui, mas ao mesmo tempo parece que passou o maior tempo do mundo desde que chegamos.

3 meses é o tempo que costumo me dar para me adaptar a novas situações e acho apropriado: nesses 3 meses, já me sinto bem adaptada a rotina daqui, as coisas já são o meu “lugar comum”. As coisas pararam de parecer novidade por aqui.

A gente teve a supervision semana passada, que foi mais pra conversar como estão as coisas no trabalho, e para nós voluntários, pra gente poder dizer o que está achando disso tudo. Teve feedback também, e apesar da minha coordenadora não ter sido específica, ela disse que estou me saindo bem =). Falei o que achava até de morar aqui, do trabalho, do dia a dia… Minha supervision durou 1h todinha e depois, claro, achei que não falei tudo, huahua! Mas minha coordenadora é legal e tudo que me incomoda ou o que eu quero, eu posso falar a qualquer hora. Fora que tem o Junior, com quem eu posso contar nos momentos de stress maior!

Em geral, nós somos nossos maiores críticos e eu acho que não faço nada além daquilo que eu deveria fazer, que é cuidar do bem estar dos alunos e do aprendizado diários das atividades do dia a dia. Mas aparentemente tô fazendo isso direito ao ponto de ter sido elogiada algumas vezes já. É importante ter esse tipo de feedback pra motivar e estimular a continuar fazendo um bom trabalho, um trabalho direito (uma vez tive uma palestra de rh que falava que a motivação tinha que ser interna. papinho furadíssimo de empresa que não sabe motivar – ou não quer – o colaborador).

O J. e o SM. geralmente chamam meu nome mesmo sem eu estar na casa, o SW. já até me pediu pra ler pra ele (e sempre vem sentar do meu lado no lounge), o C. parece mais confortável quando estou no recinto, sempre me divirto com o SJ. e outro dia o M. foi me puxando pelo braço quando falei que era hora do banho (ele repetiu outro dia, acho que ele realmente curte o banho!), sem contar outro dia que eu estava com o B. da outra casa, e ele subiu até o college mó feliz comigo. Essas coisas que fazem valer a pena um dia longo de 12h, ou limpar um quarto de cima a baixo depois de um momento “privado”…

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Filosofando (sobre as estações)

Monday, October 18, 2021 at 10:30:00 AM

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Morando no Brasil, e principalmente em São Paulo, a gente não tem as estações do ano muito bem definidas. E ao meu ver, o horário de verão não faz uma diferença grande na quantidade de horas que a gente vê a luz do dia (odeio horário de verão com todas as minhas forças  ninguém jamais será capaz de me convencer do contrário). Mas eu lembro da primeira vez que eu fui pro Canadá, e era verão lá, e o sol se punha as 10 da noite. 10 da noite!!! Tem noção disso? Quando voltei anos depois, no inverso, passando por Nova York primeiro, lembro da desgraça que era entrar na fila pra subir no Empire State Building ainda de dia e chegar lá em cima a noite só… E mal eram 5 da tarde!!!

Quando chegamos aqui na Inglaterra, apesar de só termos pegado um dia de calor (o dia que chegamos), o sol ainda se punha depois das 8h da noite. Ai sim eu via vantagem, sabe? Dia longo de verdade. Mas logo o dia começou a encurtar, o daylight savings time (o horário de verão deles) acabou e cada dia escurece mais e mais cedo. As vezes eu acho que quando o solstício chegar, o dia estará acabando as 2h a tarde!!!!

A pior parte disso mesmo é que a luz do dia é importante pra balancear a química do nosso corpo, principalmente aquilo que regula nosso humor e nosso sono. Depressão de inverno é uma realidade. E pra piorar, o fim de ano traz todas aquelas comemorações que a gente relaciona com família e amigos, e a gente tá aqui longe, sem poder ver ninguém, sem ideia do que fazer com as festas de fim de ano.

Eu já passei por isso antes, não vou dizer que é a coisa mais legal do mundo, mas cada vez fica menos pior. Ou a gente vai aprendendo a lidar. A verdade é que eu escolhi estar aqui, eu sabia que isso era parte do pacote, então tenho que fazer o máximo para aproveitar.

São essas coisas que parecem pequenas mas que fazem a diferença que muita gente não vê na hora que “decide largar tudo e ir embora”. Quem diz que é fácil é porque nunca de fato se jogou no mundo. É sempre um desafio, a saudade aperta, a falta do conhecido bate, e as vezes até a preguiça de falar uma língua diferente todo o dia pra tudo começa a fazer você pensar em dar meia volta e retornar pras origens. Não vou dizer que é errado, mas antes de achar que é fácil “deixar tudo e recomeçar”, você tem que saber que isso vai acontecer, e analisar se é forte o suficiente pra encarar essa barra. Porque as coisas vão se acumulando, e se você não for forte, acaba como as barragens da Vale.

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Banhos romanos noturnos

Monday, October 11, 2021 at 10:30:00 AM

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A gente imagina que vai pra Europa fazer aquela grand tour e conhecer tudo o que os livros de história nos ensinou. Ai a gente chega lá, trabalha um monte e tem preguiça até de escolher o que comer. Apesar da preguiça, numa tarde cinzenta a gente resolveu que ia sim conhecer algo diferente.

Na terça, acordamos todos depois do almoço e, como o pessoal da fazenda tinha o carro pro dia, resolvemos que era um bom dia pra ir visitar Bath. Eu ainda consegui correr até em casa pra comer, mas o pessoal achou melhor sair o quanto antes e tentar chegar á antes de escurecer. O caminho foi meio boring, mas chegando na cidade, nossa, que graça! De longe dá pra ver os prédios todos feitos de pedra branca, que só é encontrada na região. O problema, como sempre, foi achar um lugar pra estacionar, quase nunca tem na rua, quase sempre tem que pagar, quase sempre é caro… Mas achamos um estacionamento e fomos… Comer! Os meninos estavam verde de fome, e de qualquer forma, chegamos tarde mesmo. Fomos direto pro Mc Donald’s. Fazia tempo que não comia tanto Mc Donald’s assim!!!


Não parecia, mas já está vamos no centro da cidade, onde ficam os 2 banhos romanos, e fomos dar uma volta. Quase tudo é um calçadão de pedestres, é bem bonito e agradável, pena e já estava escuro. A maior pena mesmo é que os banhos já estavam fechados e não vimos nada =(. Mas andamos um monte, fomos até o rio, descobrimos um parque na margem e ainda acabamos num Starbucks <3


O melhor dessa viagem mesmo foi passar todo esse tempo junto conversando de tudo da vida, filosofando e nos conhecendo. São pelo menos 90 minutos de viagem cada trecho e a volta ainda fizemos no maior breu! Mas valeu tudo a pena!


Na quarta, ficamos mais quietos. Fui ainda até o Sainsbury’s e voltei no maior escuro. Acho que não quero repetir essa experiência não! Pra compensar, entrando pela Lanterna, vi o caminho iluminado por lanterninhas coloridas (potes de vidro colorido e com vela dentro), porque é época do festival das luzes (algo sobre como o sol se põe cada dia mais cedo). Quando cheguei, o Henrique T. me lembrou que a gente esqueceu totalmente do treinamento da semana. Oh well… No dia seguinte nem lembraram na reunião, ufa! Alias, reunião bem tranks, e o melhor, nossa coordenadora disse que nós voluntários não temos que assinar o ponto, uhul! Também achava meio inútil, já que gente não recebe a mais ou a menos pelas horas trabalhadas (nunca ficamos mais anyway). Aproveitei pra pedir pra mudar minha dieta e vamos ver se consigo voltar pra Dunkan, tá foda comer tanta farinha e batata!

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Minha rotininha

Monday, October 4, 2021 at 10:30:00 AM

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O começo da minha semana de trabalho foi muito boa. Sexta cheguei pro trabalho um pouco antes dos alunos voltarem das aulas, foi tranquilo, e no fim fiquei com alguns alunos que dão menos trabalho. Pela prieira vez almocei com o C. (um dos gêmeos) e o almoço na sala menor foi relaxante. Depois do almoço ele foi ajudar a secar a louça e o JD. deu um pouco de trabalho, mas também ajudou depois. ó na hora de ir pra aula que eu achei que ia morrer, porque ele saiu correndo em direção oposta aos demais que eu estava acompanhando, mas por sorte a cozinheira estava voltando e me ajudou.

Essa foi a primeira vez que fiquei no grupo azul, que tem alguns dos alunos mais difíceis (por acaso, de 5 alunos, 4 são da nossa casa!) e eu fiquei com o M., que não parecia estar afim de fazer nada naquele dia. E olha e eu tentei! Nem comer ele estava muito afim. O J. também é dessa turma, e depois de ele ir pra natação, ele voltou perguntando de mim <3. O J. era um com que eu nunca achei que fosse me dar bem, e hoje eu adoro!

Voltei correndo com o M. pra casa porque ele precisava de private time, mas logo troquei pra cuidar do J. Ele tava bonzinho, ficou um tempão cantando sozinho, só ficou mais ansioso quando começou a ficar com fome, claro. E claro que no jantar, comeu com todo o apetite possível. Na hora de dormir tive que esperar no sofá do quarto dele até ele pegar no sono mesmo, acho que ele ainda tá estranhando o quarto novo e o calor. As temperaturas do lado de fora chegam ao dígito único, mas não é o suficiente pra esfriar o quarto as vezes.

Sábado é meu dia longo, mas o pior mesmo desse dia é ter que acordar cedo (8h30 da manhã, acho um abuso!!!). Sempre começo tomando café no trabalho, então invariavelmente tomo café com algum aluno. Pra mim, depois de acordar cedo, a pior parte é ter que interagir logo cedo. Sofro muito!

Sábado também é dia de fazer a feira, então passa rápido. Sempre levamos o N. e algum outro aluno da casa, já tentamos levar o SM. mas ele não gostou muito, então temos levado o R. e levamos o Ma. da escola. Como o tempo não estava bom, a feira estava vazia e fizemos a compra em tempo recorde! Voltamos cedo e também almoçamos cedo, um almoço até que tranquilo. E como trabalho 2h no dia, tenho direito a 1h de break, que eu uso pra voltar pro meu quarto e tirar um cochilo, haha!

Depois do cochilo, fomos fazer compras de supermercado e foi mais puxado, porque o super mercado é mais cheio e maior. Foi rápido também, mas bem cansativo. O que eu notei é que aqui as pessoas não se importam muito com a forma de organizar as compras. Não sei se é por causa dos meus pais, mas eu sei que a gente faz as compras setorizadas pra evitar desperdício de tempo, e também já organiza os produtos, tipo frios, congelados, limpeza comida, etc. Aqui vai tudo junto e misturado, e depois pra organizar no carro e na casa é um saco. E dessa vez, por causa dessa falta de organização, as compras caíram todas no porta-malas e um dos vidros se espatifou (não espatifou mais quando a porta abriu porque eu tirei do caminho por dentro da van). Tanto que a shift leader que foi comigo ficou impressionada com minhas habilidades de organização de compras. E quem me conhece sabe que organização não é exatamente o meu forte…

A noite foi ótima, apesar de ficar com o SM desde a volta. Aprendi a lidar com ele, mas voltei cansadona das compras e não tava muito afim de passar 5h falando e sendo animada. No jantar ele foi pra antiga casa dele (antes de ele ir pro college) e eu tive um break. O jantar foi super relax, a gente deu risada, ouviu Beyoncé, falou bobeira inofensivas, hehe… O J. pediu pra eu sentar perto dele mas me ignorou o jantar todo, haha! Ah, ainda vimos uns fogos que vinham da cidade. Ou tentamos, hehe…

SM voltou, mas logo foi tomar banho, e como tomou a medicação antes de ir jantar, estava pronto pra dormir cedo. Ainda fiquei um tempo do lado de fora do quarto dele, ele fala sozinho as vezes, mas logo sucumbiu ao sono. Ai desci pra relaxar e fiquei rindo da desgraça alheia. É tão mais divertido interagir com os alunos quando não é você que é responsável! E como a maioria dormiu cedo, ficamos nós conversando no escritório XD

A brasileirada claro que queria sair pra comemorar o aniversário da Aline, mas nossa, depois de 12h de trabalho, sem condições! Desci só pra dar um abraço nela e fui pra cama cedo. Ou tão cedo quanto possível, hehe…

No domingo, cheguei em casa pra almoçar e estava tudo tão quieto… Quando encontrei minha coordenadora, ela explicou que só tinha 3 staff pra 5 alunos e eles estavam rebolando pra que nada saísse do controle. Aparentemente ela conseguiu! Depois de comer, subi rapidinho para ajudar.

Passei o dia com o J., que ficou reclamando de dor várias vezes, mas a gente não conseguiu descobrir o que era. Primeiro achamos que era de estomago, mas ninguém com tanta dor consegue comer tanto, haha! Mas ele estava incomodado e não estava num bom dia, então foi difícil passar tanto tempo com ele. E pra piorar, com tanta chuva nesses dias, o trampolim estava encharcado e ele nem conseguiu relaxar lá… Acalmou no jantar porque tinha coisas que ele gosta, mas foi difícil botá-lo pra dormir. Um dos outros staff teve que me ajudar, e no fim ele acabou dormindo antes da gente terminar o turno.

Segunda achei que seria mais tranquilo. Comecei o dia no trabalho relax, no quiet room, que é do lado do quarto do SM., que parecia ok, falando sozinho. Até que ele começou a se esgoelar de tanto chorar. Era um choro muito sentido! Como o outro voluntário estava sozinho com 3 alunos quietinhos, fui ver o que era. Sério, parecia que tinham matado a mãe do menino. Até o Junior subiu pra ver o que era! Quando entramos no quarto e perguntamos o que era, nem o menino sabia dizer porque estava tão chateado! Mas ainda bem que já era quase hora de voltar pra aula e ele se reanimou rapidinho. Quando ele saiu de casa, nem parecia que tinha tido um colapso, haha! Eu fiquei de levar 3 alunos pro grupo amarelo, mas o J* resolveu sair correndo pro lado oposto e quase me matou do coração! Por sorte a cozinheira estava voltando de uma das salas e eu pedi pra ela cuidar dele enquanto levava os outros 2 pra aula. Na volta, o shift leader conseguiu levá-lo pra onde precisava e eu fui pro grupo laranja, que é o que eu mais gosto, hehe…

Nesse dia, tivemos aula de artes, com música e um pouco de teatrinho no salão de apresentações. É uma aula bem relax, junto com a turma do azul. Na turma do azul só tem 2 alunos que param quietos, haha! Foi engraçado, porque o M., o J. e o R. ficaram correndo a maior parte do tempo! Mas foi legal porque eu tava com o SW, que estava num humor super bom e estava muito bonzinho!

Na volta da aula, fiquei com o M. que estava meio inquieto. Teve seu private time e não parava de levantar da cadeira depois disso, indo no banheiro toda a hora! E também estávamos com poucas pessoas trabalhando, então o jantar foi um pouco mais desafiador… Mas por incrível que pareça, deu tudo certo! Depois das tarefas da casa, supervisionei o banho do M. e acho que isso o fez acalmar um pouco. Deu pra sentar na sala de estar e descansar, só com o ocasional comando pro M. não sair correndo pela casa, haha!

Depois do trabalho, saímos com o pessoal da fazenda e fomos pro karaoke em Bournemouth de novo. Tava menos vazio, e a drag queen que comanda a noite estava muito engraçada! Ela até perdeu a peruca em uma performance! De lá, fomos pra famosa co-worker room da fazenda.. Que estava vazia! Aparentemente a noite não tava tão boa assim e ninguém quis nos esperar. Mas ficamos lá mesmo assim, conversando, até bater a fome e irmos pra cozinha da casa do Gui comer croissant =P

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