la petite princesse

A dona do pedaço. INTJ. Viajadeira. Uspturista Mais velha do que aparento.

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Quero deixar registrado aqui algumas das experiências mais incríveis que eu já vivi.

viagem dos sonhos: primeiro dia de passeio em hanói

Wednesday, September 25, 2024 at 2:19:00 PM

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Achei que seria bem mais difícil virar o fuso, mas deu pra dormir bem gostoso nessa primeira noite e acordamos em tempo de tomar o café da manhã com certa calma.


Inclusive tinha pho no café a manhã e claro que pedimos para experimentar e estava uma delícia! A culinária local promete <3

Nossa guia estava pontualmente nos esperando. Não era a mesma do dia anterior, e ela explicou que como a moça de ontem está grávida e não pode fazer atividades muito pesadas, a empresa coloca ela pra fazer trabalhos tipo o de ontem, que é só esperar a gente no aeroporto e nos acompanhar ao hotel. Achei isso legal!

Como estávamos na rua mais cedo nesse dia, deu pra sentir o trânsito um pouco caótico da cidade. Muita moto, e a galera dirige olhando o celular na maior velocidade!


Nossa primeira parada foi o Templo da literatura. Eu sempre quis saber qual era a desse templo, porque afinal das contas, a gente vê uns templos por ai que são mais... espirituais, digamos assim. Mas uma coisa que as vezes a gente esquece é que o Vietnã ainda é um país comunista. E no comunismo não existe religião.


O Templo da Lietratura é dedicado aos estudos, basicamente. Ao fato de que Confúcio e seus discípulos prezavam muito pelo conhecimento. E nessa época do ano, as escolas estão se preparando para os exames semestrais e os alunos são levados a esse templo para pedir por um bom resultado nas provas. O templo estava cheio! De crianças a adolescentes. Os mais velhos e atirados se aproximam dos estrangeiros para treinar inglês, sem vergonha. Te cumprimentam e até elogiam, perguntam de onde somos, etc.

Depois seguimos ao Mausoléu de Ho Chi Minh. Tio Ho, como é carinhosamente chamado, é literalmente o pai da nação. Foi ele que liderou a independência e montou a base para a derrota estrangeira na Guerra Americana (que a gente conhece como Guerra do Vietnã). Dizem que ele previa a vitória do norte até 1975, que foi o que aconteceu. Nos livros de história a gente aprende que "os EUA deixaram o Vietnã", mas a verdade é que eles perderam a guerra.


Eu não sei quem precisa desse aviso, mas é bom informar: o corpo embalsamado do tio Ho tá ali dentro daquele prédio grandão da primeira foto. Para exposição. Então se você for visitar esta parte da cidade, já sabe. Minha amiga não sabia e não gostou muito de entrar ali (nossa guia não avisou, mas ela também achasse que a gente saberia o que tem em um mausoléu, hahaha!). Alias, eu já falei o quão quente estava na região durante a viagem? Estava extremamente quente, temperaturas acima dos 30 graus todos os dias. E no mausoléu o ar condicionado é super forte. Vale a pena pra dar uma quebrada no calor, haha!

Ainda passamos numa galeria onde pessoas que foram impactadas pela guerra ou tem alguma deficiência física e intelectual aprendem a fazer quadros de diversas técnicas para vender. Algumas dessas pessoas fazem os quadros ali mesmo na galeria, onde ouvimos sobre suas história. É um pouco de armadilha pra turista ver, mas a prima da minha amiga comprou um quadro bem bonito lá.

Continuamos até a casa de uma família que faz arranjos florais para oferendas. Eu achei que seria a parte do passeio mais nada a ver do dia, mas acabou sendo uma grata surpresa. Nossa guia serviu de tradutora já que a senhora não fala inglês, mas ela deu insights muito legais sobre cultura e história através das flores! Principalmente sobre a flor de lótus, que é o símbolo nacional.


Enquanto ela ia falando, foi fazendo um arranjo na nossa frente, com muita técnica e destreza! Ela também tem uma lojinha e depois de ouvir sobre toda a explicação, claro que a gente quer comprar tudo! Haha! Compramos várias coisinhas, nada era muito caro, mas só aceitava dinheiro. E o bom do Vietnã é que o USD é tão aceito quanto a moeda local, então não tem "perda" de câmbio.


Finalmente foi hora do almoço, que estava incluso no preço do nosso pacote. Era um restaurante de menu fixo, mas que já estava preparado para o mantra da viagem: "ela (no caso, euzinha) não come coentro!" Valorizem o consultor de viagens! Minha amiga que operou nossa viagem e passou essa informação para o fornecedor local e não teve uma refeição que estava inclusa que não tivesse essa informação de antemão <3


Não superou o jantar da noite anterior, mas estava bem gostoso! Nesses casos em que a refeição está inclusa no pacote, ou o menu é fixo (nada muda), ou tem algumas opções (tipo restaurante week) a la carte, mas a bebida nunca está inclusa e sempre deve ser paga a parte. Mas sinceramente? USD 1 o suco, sabe, não é nada!

A tarde fomos fazer o famoso passeio de riquixá. Não confunda com tuk-tuk! Riquixá é aquele da bicicleta com uma cadeira bem confortável pro passageiro. E a gente foi passera, então o ritmo foi bem tranquilinho. Demos a volta pelo Old Quarter e pelo lago (e vimos que vai abrir um Four Seasons em alguns meses! Finalmente um hotel de luxo de verdade na cidade!).


Não vou mentir que não deu medo algumas horas porque regra de trânsito não é algo que motoristas vietnamitas seguem! Atravessamos ruas no sinal vermelho, entramos no meio dos carros, as motos passavam a toda velocidade do nosso lado... Mas foi interessante, é um jeito de ver a cidade de outro ângulo. Minha amiga dormiu no passeio, hahaha, de tão tranquilo que foi! Os "motoristas" não falam inglês, infelizmente.

Depois fomos passear na ilha do lago, que tem uma história com as tartarugas e uns templos bem bonitos. Inclusive os atrativos são muito bem conservados em Hanói, é tudo muito interessante de visitar.


Quem consegue ver uma tartaruga no lago vai ter sorte. Não vimos nenhuma!

No meio da tarde voltamos ao hotel, minha amiga e a prima foram tirar um cochilo e eu e outra amiga fomos dar uma volta no quarteirão, literalmente! Ela queria achar um café pra sentar, mas não vimos nada que nos chamasse a atenção. Ela também precisava fazer a manicure e do lado do nosso hotel tinha um salão bem fofinho, com preços muito atrativos (acho que era USD 20 por unhas esmaltação em gel) e com horário livre, então ela ficou e eu voltei pra descansar. Quando possível, evitei tirar cochilos, senão nunca consigo virar o fuso! Ainda fui até o bar na cobertura do hotel tomar um refresco e esperar as meninas acordarem pra decidirmos onde ir jantar.


Resolvemos tentar ir no tal de Pho Thin, uma casa de pho muito famosa, mas quando chegamos lá, era um lugar muito simples que não aceitava USD nem cartão (depois eu vi um vlog da Jamie Chua lá e achei melhor não termos conseguido ir mesmo...). Na noite anterior passamos por uns outros restaurantes no caminho e resolvemos tentar ir num deles, mas estava fechado. Fomos em outro que parecia bem local (só famílias locais) cujo prato principal era bagre (catfish), feito em uma panela no centro com alguns acompanhamentos. A verdade é que até agora não entendemos muito bem o que comemos pois o restaurante era tão local que rolou uma barreira linguística com o atendimento, haha!



Na frente do nosso hotel tinha um Circle K, e pra alguém que já morou no Japão, as lojas de conveniência eram nossa salvação, então tivemos que entrar lá de curiosas. Mas essa era pequena. Carol não desistiu do seu café e fomos em um lugar ali na rua mesmo que parecia ter um expressinho. Deu pra matar a vontade, mas não pra dizer que era uma delícia!

Voltamos pro hotel pra fazer as malas pois no dia seguinte a gente ia pegar estrada!

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viagem dos sonhos: a chegada em hanói, vietnã

Thursday, May 23, 2024 at 11:30:00 AM

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Pousamos em Hanói no meio do dia. O aeroporto é honesto, para o tamanho da cidade e da economia local, é bem novo. Nossas malas demoraram um pouco para chegarem na esteira, mas assim que saímos do portão, já achamos nossa transferista.


Elá já havia nos passado o contato (enquanto estávamos voando), então quando chegamos e conectamos no wi-fi do aeroporto, já tinhamos essa segurança de conseguir falar diretamente com ela se precisasse. Mas não precisou, como aconteceu na viagem toda. Todos sempre pontuais e prestativos <3


A transferista era muito boazinha, mesmo que não falasse muito bem inglês. Ao longo dos dias tivemos que nos adaptar ao sotaque vietnamita, que suprime o "s" em várias palavras (e as vezes torna impossível entender do que eles estão falando). Apesar da barreira linguistica, ela ainda deixou várias dicas de onde comer na região antes de ir embora.


Ficamos no hotel The Ann, um hotel boutique muito bem localizado, numa rua calma com vários cafés e outros comércios. O quarto era bem espaçoso, bem equipado. E no rooftop tinha uma piscina ok e um bom bar. Tomamos uma ducha e fomos dar aquele tchibum restaurador!


Com o sol baixando, resolvemos voltar para os quartos e nos arrumar para sair para jantar. Uma das coisas que estavamos mais ansiosas para fazer era COMER! O sudeste asiático é famoso pela culinária de rua, pelos sabores ricos, pela comida gostosa. Na primeira noite, optamos por conhecer um restaurante ali perto que nos recomendaram, chamado Luk Lak.


O lugar era uma graça! Não sabiamos muito o que esperar, mas o cardápio já nos dizia que iamos gastar muito pouco comendo por ali!


Um banquete desses por uma ninharia! O prato mais caro não foi nem USD 20! E a comida era uma delícia, bem feita, bem apresentada, com um sabor maravilhoso! Era tudo o que a gente precisava pra ir dormir bem feliz nessa chegada no Vietnã <3

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viagem dos sonhos: as datas, o embarque

Wednesday, May 22, 2024 at 11:30:00 AM

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Decidimos a data pura e simplesmente porque poderiamos tirar proveito do feriado para ganhar uns dias de férias. Nos apresentamos no aeroporto num domingo, dia 31 de março, e o embarque foi no dia 01 de abril, na madrugada.

Como boa pobre precavida, planejei de pegar um ônibus para o aeroporto bem cedo. Foi providencial, pois a estrada, por conta do feriado da Páscoa, estava travada e levei muito mais templo do que o previsto para chegar. Ainda assim deu tempo de chegar e tomar um banho no próprio aeroporto antes do check-in (também levei uma marmitinha de bacalhoada pra comer antes de embarcar e economizar um pouco!).

E como se a gente tivesse combinado, eu praticamente trombei com a Paty e a Helena no terminal do check-in da Emirates. Ainda era relativamente cedo, eu só estava lá para checar qual o balcão certo. Aproveitamos e já despachamos as malas (Paty causou um pouco com seu power bank 😂) e fomos pra fila da segurança. Como a prima da Paty tinha cartão infinity, passamos pelo fast track. Não sei o que será de mim sem isso mais na vida! Fomos pro lounge da Nomad esperar a Carol e aproveitamos pra petiscar (o lounge fechava cedo).


Encontramos a Carol e esperamos o embarque. Eu nunca tinha voado Emirates, e não conhecia o tal famoso A380. Eu sabia que era um avião gigantesco, mas pra quem viaja de econômica, qual a diferença, não é mesmo? Pois bem, tem diferença sim! Os corredores são mais espaçosos e as fileiras são menos apertadas. A gente ficou impressionada com o espaço. E por sorte, o voo estava cheio, mas não estava lotado, e viemos em fileiras que não estavam cheias, o que nos deu mais espaço ainda para descansar. Claro que não é a mesma coisa de viajar de executiva, mas eu consegui descansar bastante nessa primeira parte da viagem.


Nossa conexão em Dubai nos deu tempo de explorar um pouco o aeroporto e até tomar um lanchinho!


O voo pra Hanói não foi o melhor porque eles obrigaram, sem nem nos perguntar, a despachar nossas malas de mão (enquanto outras pessoas puderam levar na cabine). Achei muita falta de ética, fiquei puta mesmo. O avião era outro modelo, mas meu assento era bem espaçoso também (acho que até mais do que o primeiro voo). Não descansei muito, fiquei meio cansada desse voo.



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viagem dos sonhos: o início

Tuesday, May 21, 2024 at 11:30:00 AM

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Carnaval de 2023, 3 amigas num restaurante japonês falando sobre o que a gente mais ama: férias! Comentei que queria ir pro Camboja e iria nem que fosse sozinha. A outra amiga já se adiantou em dizer que também sonhava em conhecer o Camboja. A outra também. Foi assim que decidimos que 2024 seria o ano.


 Mas claro que nem tudo foram flores. Ao final de 2023, encaramos o início de uma guerra e de um genocídio no Oriente Médio, e as passagens de avião não deixaram de estar caras. Uma das amigas que deveria ir conosco desistiu por causa da instabilidade econômica no seu ramo e no último minuto, uma prima das amigas se juntou a nós. Foi na última semana do ano que batemos o martelo no itinerário final, emitimos as passagens e ficamos muitos reais mais pobres.

O roteiro: Vietnã - Camboja - Tailândia, 13 dias

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a viagem dos sonhos

Monday, May 20, 2024 at 5:42:00 PM

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Eu sei que abandonei o blog, que ainda tenho um monte de coisas pra reviver aqui, mas nesse meio tempo aconteceu uma coisa: eu realizei meu sonho de conhecer o Camboja!

Pra que não me conheceu, eu sonho em visitar os templos em Siem Reap desde que que tinha 7 anos. Quando eu e meu irmão começamos a ler, meu pai começou a assinar uma revista chamada "Caminhos da Terra", que trazia curiosidades do mundo todo (tipo uma National Geographic - mas naquela época a NG nem sonhava em editar no Brasil!) e numa das edições eles falavam do Camboja, da sua história e dos seus templos. Eu fiquei absolutamente fascinada e decidi ali, com 7 anos, que um dia eu ia visitar tudo aquilo sobre o que eu li.

Apesar de ter viajado para muitos outros lugares, eu nunca esqueci desse sonho. Mas trabalhando no turismo, eu sabia muito bem o trabalho logistíco que isso daria ($$$). Mas a hora chegou, os astros se alinharam e finalmente veio ai a oportunidade de fazer a viagem dos sonhos. Nos próximos pots vou fazer um diário da viagem que é pra guardar bem tudo isso na memória <3



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Happy holidays! (Dezembro de 2015)

Monday, November 15, 2021 at 10:30:00 AM

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Quando eu trabalhava no mundo corporativo, a época mais esperada do ano, fora as férias, era a época das “festas”. Dentre todas as obrigações sociais de estar trabalhando, a confraternização de final de ano era a menos pior delas. Era aquele evento que a empresa pagava pra gente se divertir o mínimo.

Aqui a coisa é um pouco diferente. O camp hill é uma “empresa” sem fins lucrativos, então não sobra muito dinheiro pra fazer mais do que pagar o salário de todo mundo em dia. Tanto é que vi gente reclamando que a gente não recebe nem um cartãozinho de boas festas no fim de ano…

Mas a gente se vira como pode, né? Ainda mais sendo voluntário. Claro que para os alunos sempre tem um evento de celebração e a gente se inflitra, haha!

Na terça, tivemos a última grande saída da casa. TODOS OS ALUNOS foram para o pub para um jantar especial. Então todo mundo que podia foi ajudar. Porque não é só simplesmente conseguir leval todo mundo, tem aluno que ao sair da casa precisa de suporte de 2 pessoas (ao invés de somente 1), além de que alguns alunos preferem um ou outro support worker. E com muito sucesso conseguimos colocar todos eles em algum veículo e ir pro pub. E todo mundo se comportou muito bem! O J. foi o único que não conseguiu comer dentro do pub, mas o pub tinha uma porta lateral, colocamos a mesa na saída e ele sentou e comeu do lado de fora. Foi um sucesso, porque as vezes ele nem entra no carro! Até eu sai pra tentar trazer ele o mais perto possível da porta. E terça era minha folga! Pra amenizar o fato de eu estar lá trabalhando, me deram o SW pra cuidar, foi bem sussa, ele se comportou super bem, ficou feliz com seu lanche. Até o A. pôde sair da dieta! E ai eu descobri que ele sabe ler (não são todos que sabem) porque ele achou no cardápio a sobremesa que ele podia comer!

Ai na quinta tivemos o grande almoço de natal para todos os alunos (inclusive aqueles que só passam o dia na escola). O plano era montar as mesas no teatro, mas na última hora cancelaram e fomos obrigados a nos espremer na cozinha (normalmente separamos os alunos entre a cozinha, a sala da jantar e uma segunda sala menor). Foi uma operação de guerra, tenho que dizer. Porque muitos alunos gostam de fazer o seu próprio barulho mas não gostam do barulho alheio, então juntar todo mundo é uma missão meio suicida. Mas no fim deu tudo certo. O almoço ficou pronto na hora certa, todo mundo comeu muito bem, teve sobremesa, crackers, muita risada e conversa. E no fim, de “presente”, ninguém teve que ajudar com nenhuma tarefa da casa. Fiquei com o C., que estava num humor excelente, super sorridente, super bonzinho, então foi um almoço muito bom!


Depois tivemos nossa house meeting, sem nada de ruim pra falar, falamos das coisas boas desse ano e depois tivemos o Secret Santa, que aqui funciona ao contrário de no Brasil. Você coloca o nome da pessoa a ser presenteada no presente e a pessoa tem que adivinhar quem que deu o presente. Eu não sei quem me tirou, mas fiquei bem feliz com meu presente: um vinho com um kit de loção. E nós voluntários ainda ganhamos um presente da casa. Eu ganhei o novo cd do Justin Bieber, Purpose (que eu tô meio amando há uns dias já) e o outro voluntário ganhou o X, do Ed Sheeran. A reunião foi curta, então ainda tivemos tempo de conversar e comer muito chocolate! Presente dos pais e de outras pessoas <3

E pra coroar a estação, decidimos de última hora pegar um ônibus para Amsterdã (via ferry, claro)! Vou perder a última confratis da casa, no bar, mas por uma boa causa. Não sei onde passo a virada do ano ainda, mas pelo menos vou fazer alguma coisa diferente e conhecer um novo lugar!

HAPPY HOLIDAYS, EVERYONE! A gente se vê depois do natal 

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A balada da igreja

Monday, November 8, 2021 at 10:30:00 AM

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 Não, você não leu errado: a gente foi numa balada que era dentro de uma antiga igreja!

Esses dias finalmente conseguimos ir na tal da “balada da igreja”. Não é nenhuma festa evangélica dessas que saem de vez em quando na mídia tradicional. É uma igreja que foi convertida em balada lá em Bournemouth.


Na tal balada da igreja eles tem uma lista de convidados online e um prazo pra ganhar desconto na entrada nas segundas. A gente já tinha tentado ir antes e perdemos o limite por 1 ou 2 minutos. É sempre um prazo meio apertado pra gente que mora em outra cidade (aqui na Inglaterra, claro). Dessa vez aconteceu o mesmo e nosso motorista muito louco fez milagre e chegamos 5 minutos antes do prazo… Pra descobrir que eles resolveram fechar a lista antes por causa da alta procura… Pensa em 7 pessoas bem putas. Mas com vontade de entrar naquela porcaria de balada. Respiramos fundo e entramos na fila dos sem desconto e pagamos 5 Libras só pra sorrir…

Essa balada, diferente das outras que a gente vai com mais frequência, é “hetero”. Já começa que tem essa fila. E as pessoas na fila se vestem bem diferente. É bem balada no Brasil: caras de todos os tipos (camiseta, polo, camisa, tudo junto e misturado) e meninas de roupas curtas, coladas e salto. No frio. E não fosse só isso, apesar de ser segunda-feira, tinha muita gente com cara de muito nova na fila. Do tipo que acabou de fazer 18 anos.

A coisa legal que eu achei é que na porta, ao checar os documentos, eles passam numa máquina que confirma sua idade. E é de QUALQUER documento. Porque eu ando com minha CNH (não rola arriscar “perder” o passaporte) e pra minha surpresa, a máquina leu certinho!

Antes da meia noite a balada já tava bem cheia. É uma balada média, bem decorada e com os malditos espaços vips. Ou seja, eles entocham o lugar de gente e deixam a area vip bem exposta e confortavelmente vazia…

A música era bem boa, uma mistura de top 40 com eletrônica/dance e até lá pela 1am, o espaço estava cheio, mas não lotado e ainda dava pra dançar ok.

Pessoas na balada são pessoas na balada no mundo todo. Algumas poucas coisas mudam, mas no geral, balada hetero é tudo igual. E eu estou velha.

Por uns momentos eu lembrei de como eu gostava muito desse tipo de coisa. Fui muito pra balada na faculdade. Não era do tipo que ia durante a semana, mas sempre saia com o pessoal. E apesar de ir em muita balada alternativa, eu gostava muito dessas baladinhas heteronormativas. Gostava mesmo. E olha que se eu tivesse que pagar minha bebida, na época da faculdade, eu acabava nem bebendo. Ou seja, eu curtia mesmo.

Mas veja bem. Verbos no passado. Logo aquilo foi cansando e eu percebi que essa ferveção, desse tipo, ficou no passado. Eu ainda gosto muito de sair pra dançar, e a bem da verdade a idade das pessoas não me importa tanto quanto a (falta de) maturidade do público.

Eu já fiz muita merda quando era mais nova, claro, e acho que a gente faz umas coisas pra aprender e superar. Veja bem, não é uma crítica ao público alvo. Eu já fiz parte dele, eu sei como é. E agora não sou mais e me vejo me distanciando disso mesmo que inconscientemente.

Depois de uma noite de ferveção. claro que a gente chegou a conclusão de que é melhor sentar num lugar calmo e ter a oportunidade de interagir de verdade uns com os outros. Mas a gente é humano, e claro que existem elementos que nos atraem na balada. Só talvez não nessa balada.

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