Quando a gente vive uma experiência diferente, tudo é intenso, até a passagem do tempo. Neem parece que já fez 3 meses que estamos aqui, mas ao mesmo tempo parece que passou o maior tempo do mundo desde que chegamos.
3 meses é o tempo que costumo me dar para me adaptar a novas situações e acho apropriado: nesses 3 meses, já me sinto bem adaptada a rotina daqui, as coisas já são o meu “lugar comum”. As coisas pararam de parecer novidade por aqui.
A gente teve a supervision semana passada, que foi mais pra conversar como estão as coisas no trabalho, e para nós voluntários, pra gente poder dizer o que está achando disso tudo. Teve feedback também, e apesar da minha coordenadora não ter sido específica, ela disse que estou me saindo bem =). Falei o que achava até de morar aqui, do trabalho, do dia a dia… Minha supervision durou 1h todinha e depois, claro, achei que não falei tudo, huahua! Mas minha coordenadora é legal e tudo que me incomoda ou o que eu quero, eu posso falar a qualquer hora. Fora que tem o Junior, com quem eu posso contar nos momentos de stress maior!
Em geral, nós somos nossos maiores críticos e eu acho que não faço nada além daquilo que eu deveria fazer, que é cuidar do bem estar dos alunos e do aprendizado diários das atividades do dia a dia. Mas aparentemente tô fazendo isso direito ao ponto de ter sido elogiada algumas vezes já. É importante ter esse tipo de feedback pra motivar e estimular a continuar fazendo um bom trabalho, um trabalho direito (uma vez tive uma palestra de rh que falava que a motivação tinha que ser interna. papinho furadíssimo de empresa que não sabe motivar – ou não quer – o colaborador).
O J. e o SM. geralmente chamam meu nome mesmo sem eu estar na casa, o SW. já até me pediu pra ler pra ele (e sempre vem sentar do meu lado no lounge), o C. parece mais confortável quando estou no recinto, sempre me divirto com o SJ. e outro dia o M. foi me puxando pelo braço quando falei que era hora do banho (ele repetiu outro dia, acho que ele realmente curte o banho!), sem contar outro dia que eu estava com o B. da outra casa, e ele subiu até o college mó feliz comigo. Essas coisas que fazem valer a pena um dia longo de 12h, ou limpar um quarto de cima a baixo depois de um momento “privado”…