la petite princesse

A dona do pedaço. INTJ. Viajadeira. Uspturista Mais velha do que aparento.

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Quero deixar registrado aqui algumas das experiências mais incríveis que eu já vivi.

Filosofando (sobre as estações)

Monday, October 18, 2021 at 10:30:00 AM

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Morando no Brasil, e principalmente em São Paulo, a gente não tem as estações do ano muito bem definidas. E ao meu ver, o horário de verão não faz uma diferença grande na quantidade de horas que a gente vê a luz do dia (odeio horário de verão com todas as minhas forças  ninguém jamais será capaz de me convencer do contrário). Mas eu lembro da primeira vez que eu fui pro Canadá, e era verão lá, e o sol se punha as 10 da noite. 10 da noite!!! Tem noção disso? Quando voltei anos depois, no inverso, passando por Nova York primeiro, lembro da desgraça que era entrar na fila pra subir no Empire State Building ainda de dia e chegar lá em cima a noite só… E mal eram 5 da tarde!!!

Quando chegamos aqui na Inglaterra, apesar de só termos pegado um dia de calor (o dia que chegamos), o sol ainda se punha depois das 8h da noite. Ai sim eu via vantagem, sabe? Dia longo de verdade. Mas logo o dia começou a encurtar, o daylight savings time (o horário de verão deles) acabou e cada dia escurece mais e mais cedo. As vezes eu acho que quando o solstício chegar, o dia estará acabando as 2h a tarde!!!!

A pior parte disso mesmo é que a luz do dia é importante pra balancear a química do nosso corpo, principalmente aquilo que regula nosso humor e nosso sono. Depressão de inverno é uma realidade. E pra piorar, o fim de ano traz todas aquelas comemorações que a gente relaciona com família e amigos, e a gente tá aqui longe, sem poder ver ninguém, sem ideia do que fazer com as festas de fim de ano.

Eu já passei por isso antes, não vou dizer que é a coisa mais legal do mundo, mas cada vez fica menos pior. Ou a gente vai aprendendo a lidar. A verdade é que eu escolhi estar aqui, eu sabia que isso era parte do pacote, então tenho que fazer o máximo para aproveitar.

São essas coisas que parecem pequenas mas que fazem a diferença que muita gente não vê na hora que “decide largar tudo e ir embora”. Quem diz que é fácil é porque nunca de fato se jogou no mundo. É sempre um desafio, a saudade aperta, a falta do conhecido bate, e as vezes até a preguiça de falar uma língua diferente todo o dia pra tudo começa a fazer você pensar em dar meia volta e retornar pras origens. Não vou dizer que é errado, mas antes de achar que é fácil “deixar tudo e recomeçar”, você tem que saber que isso vai acontecer, e analisar se é forte o suficiente pra encarar essa barra. Porque as coisas vão se acumulando, e se você não for forte, acaba como as barragens da Vale.

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that would be me. bye!