Eu passei o colegial inteiro certa de que eu queria estudar Turismo na faculdade. Achava que era isso que eu queria fazer para o resto da vida. Mesmo sem saber a profundidade da profissão.
Entrar na USP foi um sonho. Não era só sobre estudar an melhor universidade do país, mas sobre morar fora, num lugar que eu sempre sonhei, com vários amigos da escola ao redor. Mas ninguém nunca fala como é o curso antes de você entrar na faculdade. Não é só sobre as matérias, mas a organização. Ou nesse caso, a desorganização. E com o tempo eu fui broxando com o curso. Já me formei achando que eu podia ter estudado outra coisa. Mas vida que segue, e eu entrei no mercado de trabalho assim que entreguei meu TCC (até então só tinha feito estágio).
E assim foram os anos seguintes da minha formatura. Um trabalho é um trabalho, mas depois de um tempo, um trabalho que não te motiva, que não te alimenta, vira um grande empecilho na sua vida. Já entrei naquela quarta empresa cansada. E não ajudava nada o fato de ter uma gerente vingativa que simplesmente não ia com a minha cara (logo que entrei muita gente veio me perguntar se eu já conhecia a tal gerente de antes, de tão mal A TOA que ela me tratava). Terminei o ano com o plano de tirar férias, pedir demissão e passar um tempo refletindo sobre o sentido da via. Mas ai veio a crise institucional de 2015 e eu ganhei a rescisão.
Mas nem de tragédias foi esse período lá. Enquanto minha chefe me odiava gratuitamente, eu fiz alguns muitos bons amigos. E após uns meses, numa mesa de bar, um deles me falou que ia mudar para a Inglaterra, num esquema de voluntariado. E eu perguntei se eu podia ir junto.
Foi assim que eu descobri sobre o camp hill e decidi o que fazer do meu sabático prematuro.
No fim, sorte tive eu. Enquanto estávamos na Inglaterra, a empresa faliu.
Se eu passava frio? O ar condicionado batia na minha cabeça o dia inteiro. Esse monte de casaco e agasalho era no auge do verão.
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